20070127

Porque - Meu avô meu Herói


Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Sophia de Mello Breyner Andresen
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Em memória ao meu querido Vô João

Uma página em branco não é suficiente para contar todos os ensinamentos que aprendi contigo. Mas uma coisa te prometo. Não mais deixarei de dizer em voz alta o quanto foste importante para mim, isto apesar das tensões e dos arrufos ideológicos. No beijo do teu adeus, descobri a importância dos teus silêncios e dos teus olhares, por vezes de aprovação e outros não. Não eram mais do que um sinal da tua preocupação com o rumo que a vida dos que sempre amaste podia tomar. Afinal, e como sempre, tinhas razão, meu herói.
Sabes, Vô... Não é fácil me lembrar de você sem que uma lágrima escorra rosto abaixo, em sinal de uma saudade que é tudo menos gratuita. Há no entanto uma coisa que me anima. Saber que onde quer que estejas, não deixarás de cuidar que tudo corra conforme traçaste.
Pois sua confiança em Deus te permite que assim penses.
Eu sei que, mais cedo ou mais tarde, havemos de nos encontrar. Em alguma esquina do tempo. Até lá ficará para sempre a saudade. Até sempre, Vô!

20070126

Feelings


The eagerness by "be happy", always speaks more high!
It is for the that that we live, is not?
For it be happy?
And by that we pay the price.
Our yearnings and feelings, becomes numb when are the flower of the skin!
I know as is, and perhaps alone by be here, on the outside,
I obtain say him that, only when our feelings are in tatters,
when do not we be able to more count on him, is that we give space for reason speak and we be able to I heard her!
Perhaps there we see, what is illusion, what is fantasy...
Perhaps there we see that the fantasies guide ourselves like a mirage, more for inside desert to we will not obtain come more back!
We are sentimental persons, you and I!
Rational interest and the sentimental one are always in war, as the well and the evil, the heaven and the hell!
I already know what sentimental interest does with me even and with the persons!
I saw will get stuck them in unruly feelings! I already removed them of the bottom of the well,
I already I sat down in the bottom of the well with them.
... It expected they will feel recomposed enough for that I hauled them of there!
I already trembled like green stick every time spoke myself: "- Happened a thing".
I listened, analyzed, tried to understand, gave advice, said "You are better that that", "is bigger than that everything. ..” and emotional interest always spoke more high!
When it found that understood everything, uncovered things and I saw that nothing knew!
But as already it said, we are deeds of experiences is not?
More normally we learn how with the bad things than with the good.
But healthy our experiences that mold us, our experiences are going to be us, who we are!

20070125

A Lista


Faça uma lista de grandes amigos, quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece, na foto passada ou no espelho de agora? Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava, quantos você conseguiu entender? Quantos defeitos sanados com o tempo, era o melhor que havia em você? Quantas mentiras você condenava, quantas você teve que cometer ? Quantas canções que você não cantava, hoje assobia pra sobreviver ... Quantos segredos que você guardava, hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava, hoje acredita que amam você?

O Montenegro

www.logikkos.blogspot.com

20070124

Paz! onde?


De onde vem a Paz?
Há coisas na vida que nos custam muito fazer. Custa-nos tomar uma decisão. Custa discernir sobre qual o caminho a seguir. Custa parar, fazer silêncio cá dentro e ouvir qual a vontade de Deus para nós.
Quando decidimos e percebemos que é por aqui que Deus nos chama, por mais que nos custe, há uma Paz enorme que insiste em apoderar-se de nós. Uma Paz que nos enche de Deus, que nos enche do Seu amor. Não, não é uma Paz sem sofrimento nem dor.
Mas literalmente Paz.

Sentimentais

A ânsia por "ser feliz", sempre fala mais alto! É pra isso que vivemos, não é?
Para ser feliz?
E por isso pagamos o preço.
Nossos anseios e sentimentos, nos entorpece quando estão a flor da pele!
Sei como é, e talvez só por estar aqui, do lado de fora, eu consiga lhe dizer que, somente quando nossos sentimentos estão em frangalhos, quando não podemos mais contar com ele, é que damos espaço para razão falar e podemos ouvi-la!
Talvez aí enxergamos, o que é ilusão, o que é fantasia...
Talvez aí vejamos que as fantasias nos guiam como uma miragem, mais para dentro de deserto até não conseguirmos mais voltar!
Somos pessoas sentimentais, você e eu!
O lado racional e o sentimental estão sempre em guerra, como o bem e o mal, o céu e o inferno! Eu já sei o que o lado sentimental faz comigo mesmo e com as pessoas! Eu as vi se atolarem em sentimentos incontroláveis!
Eu já as tirei do fundo do poço, eu já sentei no fundo do poço com elas.
Esperava se sentirem recompostos o suficiente para que eu os puxasse de lá!
Eu já tremi como vara verde toda vez que me falavam: "- Aconteceu uma coisa".
Eu escutava, analisava, tentava entender, dava conselhos, dizia "Você é melhor que isso", "é maior que isso tudo..." e o lado emocional sempre falava mais alto!
Quando achava que compreendia tudo, descobria coisas e vi que nada sabia!
Mas como já disse, nós somos feitos de experiências não é?
Normalmente aprendemos mais com as coisas ruins do que com as boas.
Mas são as nossas experiências que nos moldam, nossas experiências nos fazem ser, quem somos!

A. Rondineli