20070421

Sou idiota




Hoje reparei um pouco mais na pessoa refletida no espelho.
Fiz uma séria constatação. Sou idiota!.
Mas não pense que me envergonho disso.
Nos dias de hoje, ser idiota é privilégio.
Em um mundo cheio de descrédito, e que
muito dos créditos, são baseados em banalidades, e que em nada nos ajuda a viver.

Os idiotas de hoje são aqueles que conseguem sorrir mesmo quando a dor aperta.
São aqueles que ainda dizem Eu Amo Você olhando nos olhos, que valorizam abraços e gostam de partilhar com amigos.

Idiotas são aqueles que crêem num sentimento sincero, que ainda esperam encontrar um amor perfeito, que escrevem e lêem poesias e que mandam flores.
Idiotas são românticos, no sentido literal da palavra, mas não se envergonham disso. São aqueles que se permitem chorar quando algo machuca, quando o amor se vai ou o filme emociona.

Cantam e se encantam porque seus corações realmente estão.
Idiotas são sentimentais. Se magoam com facilidade e lutam pela reconciliação.
São aqueles que não ligam para o que os outros dizem, eles se dão por completo.

Idiota é aquele que pede desculpa mesmo sem ter errado, que pede licença, que dá bom dia, boa tarde, boa noite. Que pergunta “como vai?”, “precisa de alguma coisa?”, “ta tudo bem?’. É aquele que não esquece nem do amigo que não dá mais notícias, aquele que lembra da infância e comemora o quanto foi bom.

Idiota é aquele que ri de si próprio, que brinca na areia, que anda descalço e toma banho de chuva.
Idiota é aquele que, mesmo nesse mundo corrompido, insiste em ser sincero.

Que estende a mão pra ajudar quem for, que faz o bem sem olhar a quem.
Idiotas se preocupam com as pessoas.
Querem estar sempre belos, nem que seja só pra se olhar no espelho.
Idiotas se divertem.
Idiotas tem amigos.
Idiotas amam.
Idiotas são felizes... a sua maneira.

Vale ou não a pena ser idiota?