20070620

COMO ESTÁ VOCÊ? COMO ANDA A VIDA?



Trrrim, bocejo,
Roupão, chinelos,
Gilete, escova,
Água, sabão,
Café com pão,
Chapéu, gravata,
Beijo, automóvel,
Adeus, adeus.

Gente, trânsito,
Sol, bom-dia,
Escritório,
Relatório,
Telefones,
Almoço, arroto,
Contas, desgosto,
Adeus, adeus.

Clube, vento,
Grama, tênis,
Ducha, alento,
Bar, escândalos,
Pedro, Paulo,
Mulher de Pedro,
Mulher de Paulo,
Adeus, adeus.

Lar, esposa,
Filhos, pijama,
Janta, living,
Jornal, cismares,
Tricô, vagares,
Hiato, ausências,
Bocejo, escada,
Adeus, adeus.

Quarto, cama,
Glândulas, êxtase,
Dois em um,
Dois em nada,
Dever cumprido,
Luz apagada,
Adeus, adeus.

Horas, dias,
Meses, anos,
Cãs, enganos,
Desenganos,
Vácuo, náusea,
Indiferença,
Cipreste, olvido,
Há Deus? adeus.


Poema de, José Paulo Paes — Ivan Ilitch, 1958 — relato e retrato de uma vida frustrada, impessoal e sem graça.

O poema refere-se a um dos textos mais cruéis da literatura universal: a novela de Tolstoi - A morte de Ivan Ilitch, que Vladimir Nabokov dizia ser a obra “mais artística, mais perfeita e de mais sofisticada realização” desse autor.
Mais informações: www.poppycorn.com.br/artigo.php?tid=260

A simplicidade estilística de Tolstói torna a narrativa ainda mais contundente. Um homem de meia idade, sem grandes qualidades ou grandes defeitos, vive uma existência inútil. Um egoísta "bem-sucedido".

A angústia, a solidão, o ódio, o pavor diante do fim.
A morte não pode ser detida. Ivan Ilitch, por sua condição de homem comum, decente, sem grandes arroubos filosóficos, sem grandes preocupações éticas ou religiosas, torna-se o protótipo de todos os homens: “Somos quase todos Ivan Ilitch”, na nossa eficiência especializada, na superficialidade com que passamos sobre os problemas fundamentais, na indiferença em relação à dor, à verdade, à precariedade da vida. Quando essa estrutura depara com a doença, a morte e o egoísmo dos outros — não discursivamente mas num encontro frente a frente — sobrevém a angústia, o desespero, o poço sem fundo do sofrimento total.”

O modo como Ivan Ilitch se aproxima da morte é o resultado da própria vida sem vida que ele levou a vida inteira.
Num processo de fuga de si mesmo, de auto-negação mais ou menos voluntária, Ivan é obrigado a olhar-se no espelho da dor e do desespero.
A morte, abismo negro para o qual todos caminhamos com maior ou menor consciência, abre-se diante do personagem, que começa a perceber, diante do inexorável, a futilidade de sua existência, a falsidade de suas conquistas.

“De que me serve fugir
De morte, dor e perigo,
Se eu me levo comigo?”
(Luiz Vaz de Camões)


Diante de uma realidade, inegável e de motivos mais que óbvios, a pergunta é, como não ser pessimista?
A reposta pode parecer simplória mas é contundente. Confiar em Cristo, é ser otimista por exelência, é ter ESPERANÇA.

Ser otimista em Cristo é acreditar, e por conseqüência, imaginar que podemos fazer o milagre, transformando a dor insuportável em uma nova realidade. Os fatos são os fatos. As coisas são as coisas. O veneno envenena. Há situações que infernizam a nossa vida. Mas as pessoas são perfectíveis, e são criativas, e podem, imaginando uma nova realidade, reunir condições (recebendo a “força do Alto”) para contribuir na renovação espiritual e material da face da terra. Ser criativo é surpreender. É “virar o jogo”, mesmo que seja na última hora, mesmo que tudo aponte para a frustração e a derrota.


“A grande sabedoria não é algo óbvio, o mérito grande não se anuncia. Quando és capaz de ver o sutil, é fácil ganhar; que tem isto que ver com a inteligência ou a bravura? Quando se resolvem os problemas antes de que surjam, quem chama isto inteligência? Quando há vitória sem batalha, quem fala de bravura?” ( A arte da guerra- Sun Tzu)

A criatividade é o antídoto para os nossos receios, para as nossas inseguranças, para as nossas pequenas ou profundas depressões, e de maneira positiva, e construtiva, condição sine qua non para alcançarmos a santidade.

A pessoa humana, exercitando sua criatividade, foge, de imediato, à armadilha do pessimismo. Ser pessimista pode decorrer de uma série de constatações óbvias. Basta ler os jornais e ouvir os telejornais para obter material rico e abundante. Basta consultar algumas estatísticas, mesmo as menos exatas.

Basta deixar a imaginação mergulhar na realidade sangrenta e irrefutável de que, agora, neste exato momento, crianças são estupradas, homens e mulheres são massacrados, jovens se tornam prisioneiros das drogas, pessoas até ontem saudáveis definham vítimas de doenças incuráveis, basta pensarmos nas guerras, nos genocídios, nas torturas, nas perseguições injustas etc. etc...

Para o cristão, a morte é a oportunidade por excelência. Não vai aqui nenhuma morbidez.
A morte é a oportunidade, de ter (ou de reafirmar) as atitudes decisivas, de dizer as palavras decisivas e transformadoras.
Perante a morte, pode-se pensar nos outros.
Conseguir olhar para os outros com olhos humanos. Conseguir pedir perdão, ainda que a palavra “perdão” possa sair de outra forma dos seus lábios.

Mas em Cristo somos convidados a lutar, não significa vencer sempre, mas a vitória é sempre certa.
Porque derrota é para quem luta, não é para covarde. Para um lutador a derrota pode significar aprendizado, e para um covarde significa simplesmente perder. É claro que existe exeções. Afinal não lutamos sozinhos.

Para quem crê em Cristo, a vitória está diretamente ligada a escolha que fazemos ante os fatos, e acontecimentos que ocorrem durante nossa vida fulgaz.
Devemos lembrar que na vida de um cristão, não é a derrota iminente que deve ser temida,( pois em Cristo somos mais que vencedores) mas as vitórias que deixamos de conquistar em Cristo Jesus.( Pois Ele tem para nos dar, muito mais do que pedimos ou pensamos ). Já pensou nisso?. Esse deve ser nosso maior motivo para lutar.

“Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes, quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós;
quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?

Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o matadouro.
Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou .
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades,
nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rom. 8. 35~39)


É em (Mc.16-17~18 ) que Cristo desenha o perfil da pessoa criativa. Em nome de Cristo, uma pessoa pode exorcizar a sociedade do mal. O cristão pode comunicar-se com todos, fazendo-se entender pelas pessoas mais difíceis e complicadas.

O cristão pode dominar as circunstâncias que lhe sugerem cumplicidades espúrias. O batizado em Cristo pode sobreviver em contato com os elementos mortíferos da cultura. Aquele que foi mergulhado no sangue de Cristo pode curar os seus irmãos, os homens. E essa é a verdade. A verdade do cristianismo liberta o homem de mil e uma mentiras camufladas em verdades.

“Nós, seres humanos, somos muito propensos a buscar a verdade, mas muito contrários a aceitá-la. Não nos agrada que a evidência racional nos encurrale... Achar a verdade não é difícil, difícil é não fugir dela quando foi encontrada.” (Étienne Gilson)

A pessoa é PESSOA VITORIOSA, porque pode inovar radicalmente. Pode inovar e renovar-se. Pode abrir possibilidades onde só enxergamos impossibilidades. Pode criar, mesmo quando o desejo maior é desistir.
Tudo isso só é possível em Cristo Jesus. Creia e viva.
Lembre-se; um coração cheio de esperança pode e deve contagiar outros, e você é tão bom quanto a sua ultima atitude.

E da próxima vêz que nos encontrar, quero ouvir de você. Vou muito bem, Graças a Deus!



SÓ HOJE

Hoje estava imaginando uma forma, de falar sobre um dia, de um tempo... que lembrasse presente. (presente mesmo daqueles que quando recebemos ficamos felizes) Mas tinha que ser de uma forma simples e objetiva, e que fosse possível, falar de felicidade, falar de amor, que lembrasse Deus, que expressasse gratidão, que fosse possível celebrar, e que fosse impessoal, mas que também pudesse ser intrissico a qualquer pessoa.
- Sabe que dia é? Hoje. Um presente especial. Que alguém que te ama muuuuuuuito quis te oferecer.
Motivos? Ver sair um sorriso, de seus lábios lindos, ver seus olhos brilharem de alegria.
Mas quando recebemos presente não ficamos felizes? e com o coração grato!
Então agradeça! Participando desse maravilhoso espetáculo, onde tudo é possível e que só acontece hoje.

Carpe Diem - Aproveite o dia, colha-o como se fosse um fruto maduro e que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã.
Acontece sempre no presente.


O conteúdo das mensagens é protegido pelas leis brasileiras e internacionais dos direitos autorais. O uso, não autorizado pelo autor, acarretará em ações legais e possíveis sanções. A autorização, para o uso total ou parcial, pode ser obtida mediante solicitação por escrito enviada ao autor.